Repo Men: O Resgate de Órgãos (2010)
Superou todas as minhas expectativas esse fime. Uma ficção bem sacada, que não se prende aos modismos que vêm sendo vinculados hoje nesse filão: o de filme “fantasioso” e não de ficção cientifica, o que não é o caso aqui. A trama nos coloca num futuro aparentemente não muito longínquo (não fica especificado) onde as modernidades arquitetônicas contrastam com os resquícios do velho mundo. Os caras ainda não voam, mas já têm um designer mais abrangente. Nessa realidade grandes corporações praticamente dominam o mundo com seus aparatos modernos (algo que vem acontecendo hoje em dia de certa forma) e o avanço dos órgãos artificiais chegou com tudo. O problema é que são vendidos a preço absurdamente altos, e se você não pode pagar por ele, você tem que devolver. Na história Remy (Jude Law) vive um dos “coletores” que têm a ingrata tarefa de recuperar órgãos não pagos. E ele faz com prazer atacando, imobilizando e retirando aquele órgão a sangue frio deixando o corpo para trás de qualquer jeito. Mas o destino prega uma peça nele e agora ele é que precisa de um órgão artificial, sabendo que isso para quem não pode pagar a alta dívida é apenas postergar o inevitável. Agora ele se torna o caçado pelos coletores, dentre eles seu amigo Jake (Forest Whitaker). Agora como fugitivo ao lado de uma mulher chamada Beth (Alice Braga), Remy precisa fugir dos ex-companheiros e estripar uns pelo meio do caminho. Um bom filme, com bons efeitos e cenas de ação viscerais em alguns momentos. Não é um filme de ação do Michael Bay, certo? É um filme pra pensar. Apesar de alguns furos de roteiro e da forma banal como o assunto é tratado em dadas horas, Repo Men é um dos melhores filmes do gênero que assisti nos últimos tempos. Vale a conferida. Procure a versão "sem cortes".
Nota: 8,0
Bronson (2009)
Baseado em fato reais, Bronson é a história de um rapaz que em 1974 queria fazer dele mesmo uma celebridade. Assaltando uma Agencia dos Correios o jovem foi pego logo depois e preso, condenado a 7 anos de cadeia ficou 34 anos sendo que desse numero, 30 deles na solitária. Ele entrava e saia das penitenciárias, sempre por conta de seu mal (e imprevisível) comportamento, onde agredia detentos e até guardas e policiais com as mãos nuas num excesso de violência que só terminava quando ele era espaçando de volta. E foi assim durante anos e anos. O filme tem uma leve pegada de Laranja Mecânica, com uma trilha sonora forte, cenas pesadas e uma fotografia densa. Michael Peterson (Tom Hardy) parece ser uma pessoa louca, ao mesmo tempo que parece saber o que está fazendo. Em determinada cena ele fica nu numa cela junto a um guarda da presídio e espera que os outros venham salvar o cara, que está sendo ameaçado de morte por Peterson. A briga é rápida com vários guardas, mas violenta e densa. Logo Peterson troca de nome e cria um “alter ego” chamado de Charles Bronson, sim o nome do ator de cabelo de cuia e bigodinho dos filmes policiais dos anos de 1970. Vivendo entre a genialidade e loucura, “Bronson” seguiu preso por vários anos e levando seu nome ainda mais. O filme é bem sacado, tem uma edição muito bom e foi a “sensação” de vários festivais pelo mundo. Foi dirigido por Nicolas Winding Refn do parado O Guerreiro Silencioso. Uma boa pedida para assistir com amigos que gostam de filmes mais “excêntricos”.
Nota: 9.0
Esposa de Mentirinha (2011)
E esse foi pra assistir com a minha mulher. Esposa de Mentirinha com Adam Sandler e Jennifer Aniston é o típico filme “Sandler”, com muitas piadinhas sem noção, com o ator sempre com aquela cara dele de burro e ele sempre comendo todas as retardadas que ele encontrar pela frente. Mesmo usando todos os clichês gerais do gênero, ainda mais se tratando de Adam Sandler, o filme consegue sim ter bons momentos de humor. Aliás, a maioria dos filmes do cara tem algum bom momento e esse não é diferente. No Brasil o filme foi um sucesso de bilheteria ficando por pelo menos umas três semanas seguidas em primeiro lugar. Quem não gosta de um filme de humor, né? Ainda mais no Brasil acostumado aquelas produções novelecas de humor com cara de programa da Globo do final de noite. A crítica também foi razoável com o filme. Posso dizer que não é o melhor filme do mundo, mas tem sim boas cenas para se rir. Coisas bem sem noção como na maiorias dos filmes do ator. Na trama temos Danny (Sandler) um cirurgião plástico de sucesso e sua eficiente assistente Katherine (Aniston) vivem um casamento mentiroso para que o médico pudesse ficar com uma jovem que ele encontrou numa festa (a “simpática” Brooklyn Decker). Como assim? Quando mais jovem antes de casar tomou uma galhada da noiva, descobriu no dia do casamento e foi encher a cara numa bar sem tirar a aliança do dedo. Com isso ele viu que a aliança trazia “a mulherada” com alguma mentiras de “mals tratos” matrimonial. Ficou com essa lenga-lenga por anos até descobrir a mulher ideal Palmer (Decker), mas patinar na maionese quando ela pega a aliança dele depois de uma noite de trepada na praia e o questionar sobre aquilo. É aí que Aniston entra se passando pela esposa no caminho do divórcio. O resto é ladeira abaixo, com boas sacadas de humor. Aqui é pra assistir sem expectativa nenhuma, e você terá boas notas para rir, por incrível que pareça. É divertido. Deixe de ser fodão das tapiocas, pegue a esposa, namorada ou noiva e assista num domingo à tarde. Nem tudo pode ser o tempo todo “o melhor filme do mundo”. Às vezes a burrice é uma benção (by Cypher em Matrix para Agente Smith).
Nota: 7.0
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