
Já tô meio que cansando de ler na tela do PC. Hehehe! Droga! Bom, ainda consegui ler a nova versão do Homem-Animal dentro do “sistema The New 52” que a DC Comcis vem empregando em seu reboot. Eu li pouca coisa, infelizmente, da versão fantástica de Grant Morrison quando o mesmo assumiu o personagem ainda na década de 1980. Morrison é um doido varrido. Transformou um personagem sem fôlego em algo grande, algo que não tinha naquela época ainda e que hoje é meio banalizado. Agora o retorno do Homem-Animal ao convívio dos “grandes” começa relativamente bem. O roteiro de Jeff Lemire é sóbrio, não se atropela e coloca o personagem numa posição assumidamente contrária aos super-heróis mais excêntricos, o deixando dentro de um aparato familiar com esposa e dois filhos. A trama coloca Buddy Baker (o Homem-Animal) levando uma vida estabilizada, e nesse momento, um ator de filmes indie depois de ter sido dublê e super-herói. Nesse momento de sua vida, o personagem está vivendo uma vida mais relaxada, sem muitos atos heróicos. Ao contrário do reboot DC Comics até aqui em todo o Universo da casa que pude ver, o Homem-Animal é mais bem aceito pelas autoridades, não parece sofrer o “Bullying” que o Batman, Superman, e outros heróis sofrem nas mãos das autoridades e da população, no entanto, não fica claro exatamente a época em que se essa história.
E pode ser aqui uma pequena fissura dentro dessa reestruturação da DC: como que o Batman e o Superman sofrem perseguições, e o Homem-Animal não só é bem visto pela policia, como ajuda e já tem um histórico heróico muito bem resolvido? Até onde sei a DC se passa em dois tempos diferentes; um “cinco anos” antes e o outro é algo mais atualizado. Não fica claro em que etapa o Homem-Animal está, valendo lembrar que o personagem agora faz parte da cronologia de linha da DC e não mais no selo Vertigo. Seja como for, vemos Buddy voltar a uma atuação heróica quando um homem invade uma ala infantil de um hospital e exige que sua filha seja entregue a ele- o detalhe é que ela falecera. O Homem-Animal tenta intervir na negociação e acaba tendo que imobilizar o homem a força. Depois desse evento ainda no local o Homem-Animal é acometido de um sangramento subido que sai dos olhos e do ouvido, e examinado no local mesmo, nada é constatado.
Em seguida o personagem entra no que parece ser um sonho bizarro sobre seu futuro de forma muito emblemática, com o autor tentando dar um ar de “terror” a trama, que fica nesse momento meio forçada. Mas o final da HQ é boa com um bom gancho para uma continuação e um mistério a ser desvendado. No geral é uma boa HQ e me agradou bastante. O traço interno de Travel Foreman é muito bom, e deixa a HQ muito mais sóbria. É o tipo de arte certa para esse tipo de HQ: limpo, claro, sem muita “gags” viciadas e muito boa de se visualizar como um toldo. Uma atração a mais. Mesmo com o selo “DC”, a HQ ainda assim tem uma cara bem “Vertigo”. Pode agradar e muito os fãs do selo de “gente grande” da editora.
Um pequena amostra pode ser visto clicando AQUI no blog da DC Comics.
Primeira impressão quando olhei: Boa.
Impressão depois de lida: Muito boa.
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